Pesquisar neste blog

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

O óleo da lâmpada (Mt 25,1-13) (31/08/07)

O óleo da lâmpada

            No Evangelho de hoje Jesus conta mais uma parábola sobre o Reino dos Céus, para no final transmitir a mensagem que deveria ficar gravada no coração e na mente dos discípulos e de todos nós: "Ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia, nem a hora."

            Sobre a parábola, o principal que devemos nos deter é O ÓLEO. As noivas só poderiam entrar na festa com o noivo se tivessem óleo suficiente para manter a luz acesa durante a noite. As que levaram o óleo, entraram. As que não levaram, tiveram que sair para comprar de última hora, mas não deu mais tempo... o noivo chegou antes delas voltarem. Mas o que significa esse óleo?

            Na parábola, o óleo era o combustível que mantinha a lâmpada acesa... Na nossa vida, o que poderíamos usar como combustível para manter acesa a nossa lâmpada, o nosso espírito?

            Vejamos... a paciência, a bondade, a justiça, a verdade, a alegria, a doação... resumindo em uma só palavra... o óleo é o AMOR. O amor é o combustível que vai manter nosso espírito aceso enquanto esperamos a vinda de Jesus, para entrarmos definitivamente na grande festa, no Reino dos Céus. E é esse amor que vai manter o nosso espírito aceso na festa.

            Para quem deixa para amar "amanhã", porque hoje quer se vingar, guardar mágoa, curtir a raiva, acumular riquezas, passar por cima de alguém, fazer mau uso dos seus dons... fica a mensagem final: "Ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia, nem a hora." Você pode "cochilar" hoje, e acordar com alguém gritando: "Jesus está chegando! Ide ao seu encontro!" E a sua lâmpada não vai ter o óleo... Aí não adianta mais sair pra comprar o óleo, nem pedir o de alguém emprestado...

 

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com



quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Mensagem especial para os discípulos de Jesus: nós (Mt 24,42-51) (30/08/07)

Mensagem especial para os discípulos de Jesus: nós!


            O Evangelho de hoje é direcionado, principalmente, para os seus discípulos, ou seja, aqueles a quem foi dada a responsabilidade de cuidar de algum rebanho. Se você se sente responsável por ajudar na salvação de alguém, o Evangelho de hoje é especialmente para você.

            O Evangelho começa assim: "disse Jesus aos seus discípulos". Repare primeiramente que, hoje, Ele não estava falando para as multidões, estava falando em particular aos que Ele confiou a missão. E em segundo lugar, observe que Ele fala: "Ficai atentos! Porque não sabeis o dia em que virá o Senhor." Mas Jesus (o Senhor) estava lá, falando com eles! Portanto, a mensagem não era tão somente para aqueles discípulos, mas para todos os discípulos que viessem depois daqueles... ou seja, todos nós, que esperamos a Sua volta. Os versículos 45 a 51 confirmam que esta passagem é direcionada aos que Ele confiou qualquer forma de responsabilidade sobre alguém.

            Sendo ainda mais direto do que Ele foi: se você assumiu alguma posição de liderança na sua igreja, no seu movimento religioso, na sua comunidade, ou em qualquer grupo que você faça parte, cuide dos que lhe foram confiados! Cuidar como? Cuidar para que eles possam dar o melhor de si no que souberem fazer! Servi-los, dando-lhes condições para que possam desenvolver suas potencialidades. Sua pergunta principal deve ser: "O que eu posso fazer para facilitar o seu trabalho?" E elogiar sinceramente, de forma que se sintam valorizados por você. A sua aprovação é muito importante para que eles se sintam parte de algo importante. Quanto mais você valoriza as pessoas, mais as pessoas valorizam você também.

            Para quem não se sente discípulo, responsável por cuidar de alguém, eu tenho uma sugestão: adote alguém para cuidar... E reze por ela, converse, se disponha a ajudá-la e a servi-la, para que ela se sinta valorizada... Uma regra de ouro: todos gostam de um elogio sincero, e às vezes, esse elogio pode salvar o dia de alguém. Então adote seu pai, sua mãe, seu irmão, seu amigo, seu professor, seu padre, seu vizinho, seu chefe, sua esposa, seu esposo, seus FILHOS...

            Quem cuidar bem dos que lhe foram confiados, Jesus prometeu "a administração de todos os seus bens"! É muito? Então vamos começar aos poucos... Se formos fiéis, Ele nos confiará mais...

 

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com



quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Herodes e Herodíades: o pecado da luxúria (Mc 6,17-29) (29/08/07)

Herores e Herodíades: o pecado da luxúria


            João Batista veio com uma missão muito importante: preparar a vinda de Jesus. Era um profeta destemido. Assim como Jesus, ele não abria mão da justiça. E mesmo sabendo que isso poderia lhe custar a vida (como custou), não calou diante da imoralidade. Herodes casou com a mulher do próprio irmão por luxúria. E Herodíades se aproveitou da fraqueza de Herodes. Quantas Herodíades e quantos Herodes estão por aí, espalhados pelo mundo... Homens que ficam cegos, surdos e mudos de "paixão" diante de uma mulher... Mulheres maliciosas que se aproveitam das fraquezas dos homens, para conseguirem tudo o que querem... Todos nós percebemos quando isso acontece com alguém próximo a nós, mas como é difícil conseguir fazer com que as pessoas envolvidas abram os olhos...

            Fazendo uma análise psicológica desses homens, é possível encontrar uma carência de atenção, e uma necessidade de aceitação com relação ao sexo oposto. Geralmente são pessoas que não se sentem capazes de dar um "não", e fazem qualquer coisa para agradar uma mulher, desde que ela não o rejeite.

            Já as mulheres como Herodíades são mais comuns do que pensamos. São as mulheres que percebem a fraqueza carnal masculina e, por falta de outros atributos que lhe permitam subir na vida, aguçam a sua sexualidade para atrair o(s) homem(ns) que possam lhe oferecer mais conforto e destaque em relação às outras mulheres. Quando crianças, elas geralmente foram criadas com uma submissão que as incomodava dia após dia, a ponto de ir tirando qualquer sentimento de culpa ou arrependimento de seu coração. Tudo isso para que, quando chegar o dia em que ela possa dar a volta por cima, não tenha nada nem ninguém que possa detê-la. O maior desejo dessas meninas é sair da posição de submissão, e ir para a posição de "rainhas", e elas estão dispostas a qualquer coisa para isso. Ai do homem que cai nas mãos de uma mulher assim... Eles são capazes de QUALQUER COISA para agradar a sua Herodíades... Transformam-se em verdadeiros escravos, e enquanto podem suprir os desejos da sua "dona", são recompensados com a atenção e a luxúria, que é tudo o que ele quer e o que ela pode oferecer...

            Foi por isso que João Batista morreu. É por isso que muitas famílias morrem... Por isso que muitos pais de família, cegos de "paixão" pelas Herodíades do mundo, deixam suas esposas... Muitos filhos brigam com seus pais, que só se dão conta da carência de atenção do seu filho quando ele se agarra a uma Herodíades, que faz a cabeça dele e faz com que ele se afaste cada vez mais do lar... E muitas filhas alimentam, dia a dia, sem os pais se darem conta, a vontade de ir embora da casa dos pais/responsáveis para encontrar o seu Herodes, que satisfaça todos os seus desejos, em troca do que ela puder lhe dar... atenção e luxúria...

            João Batista não viveu em vão, pois cumpriu a sua missão de anunciar alguém pelo qual ele não se dizia digno de amarrar a correia das sandálias. No entanto, Jesus disse que não houve um nascido de uma mulher que tenha sido tão grande como João Batista. A morte desse grande homem também não foi em vão, pois nos abre os olhos para algo que sempre foi muito presente no nosso mundo... pessoas que se deixam levar pelas paixões mundanas, e pessoas gananciosas, dispostas a matar para não perder suas regalias...

            A lição para a nossa vida, hoje, é: não se deixar levar pelas paixões do mundo, não querer passar por cima de tudo e de todos para conseguir o que quer, e, por fim, não se calar perante as injustiças do mundo.

 

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com



terça-feira, 28 de agosto de 2007

O Brasil precisa de pessoas corajosas como Jesus (Mt 23,23-26) (28/08/07)

O Brasil precisa de pessoas corajosas como Jesus


            Lendo essa passagem do Evangelho, e refletindo sobre o quanto Jesus foi corajoso ao falar de forma tão direta e eloqüente aos fariseus e mestres da lei, cheguei a uma conclusão: precisamos, urgentemente, de pessoas que tenham a coragem de Jesus, no nosso país!

            Na época de Jesus, o povo simples não suportava a falsidade pregada pelos fariseus e doutores da lei. Hoje, no Brasil, o povo simples também não suporta mais a hipocrisia que reina na nossa política. Em sua época, Jesus incomodou tanto os dirigentes políticos e religiosos, que tiveram que matá-lo para conseguir calá-lo. No entanto, seus seguidores deram continuidade ao seu trabalho. Hoje, os poucos que têm autoridade para incomodar aos maus políticos, preferem não misturar religião com política, e quando o fazem, não têm "peito" suficiente para ir até o fim, como Jesus foi.

            "Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós limpais o prato e o copo por fora, mas, por dentro, estais cheios de roubo e cobiça." Como seria bom se essas palavras ficassem martelando as cabeças dos nossos políticos ladrões e corruptos todas as noites, quando deitassem nos seus travesseiros. Ao invés de tirarem tantos impostos do povo trabalhador e devolverem sob forma de esmola para uma porção da população que tem que provar que é miserável, por que não abrem mão dos seus próprios excessos, que trazem mais preocupações do que felicidade para dentro de suas casas... Esses, sim, receberiam as mais duras críticas de Jesus, e com toda razão.

            Mas então o que podemos fazer a respeito? Mudar de país? Não pagar impostos? Não foi isso que Jesus fez. Ele fez a parte dEle para melhorar o mundo: viajou por todo o seu país, divulgando o Evangelho, e mostrando pelo exemplo, como deveremos ser, para entrar no Reino dos Céus. É claro que seria muita pretensão querer converter os políticos para que sejam santos... Mas já que é tão difícil convertê-los, por que não levamos os que já são verdadeiramente de Deus para lá? É mais difícil que alguém que já tenha a intenção de servir ao próximo, roube. Até porque essa pessoa sabe o castigo que o espera.

            Mas esse é um grande tabu no nosso país: política e religião não devem se misturar. Quando um padre é envolvido com política, provoca logo uma polêmica. Precisamos que os nossos padres entendam de política, pois eles são os formadores de opinião que têm acesso direto à população mais carente, que sem nem saber o mau que estão fazendo, perpetuam, pelo voto, os políticos corruptos. Não estou dizendo que os padres devam ser partidários, mas que devem ser POLITIZADOS.

            Quando todos entendermos que nada muda enquanto não mudar a política do nosso Brasil, perceberemos que entender política é um "mal necessário", e que pessoas honestas são necessárias para conduzi-la.

 

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com



segunda-feira, 27 de agosto de 2007

E se Jesus nascesse nos dias de hoje? (Mt 23,13-22) (27/08/07)

E se Jesus nascesse nos dias de hoje?


No Evangelho de hoje, Jesus é bastante direto e contundente. Ele falava com conhecimento de causa, ou seja, Ele conhecia os fariseus e as pessoas que estes fariseus "convertiam". A cidade onde Jesus nasceu e viveu boa parte da sua vida, Nazaré, era um lugar por onde circulavam povos de vários lugares do mundo, sem contar que Jesus deve ter viajado bastante durante toda a sua vida.

Nesta reflexão de hoje, fico pensando: se Jesus nascesse nos dias de hoje, será que Ele ficaria feliz em ver a situação como se encontram os templos, as religiões, os pregadores da Sua palavra? Ou será que Ele ficaria triste? Encontraria hipócritas que pregam uma coisa e fazem outra... Que fecham (ao invés de abrirem) as portas do Reino para as pessoas a quem supostamente convertem... Que se acham os donos do Reino e da Verdade e excluem aqueles que não aceitam sua forma de entender as sagradas escrituras... Que criam e impõem regras sem sentido... Que ensinam a seus "convertidos" que eles são melhores que os demais, e têm a preferência de Deus.

Será que Jesus gostaria quando visse que a sua própria Palavra se transformou em motivo de divisão entre os próprios seguidores desta mesma Palavra? Os livros da Bíblia foram escritos durante aproximadamente dois mil anos, por povos de culturas diferentes em épocas diferentes, em línguas que foram sendo modificadas ou extintas ao longo dos anos. Tudo isso dá margem a diferentes interpretações. No entanto, a essência é a mesma. Tudo o que Jesus quer, se resume em AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS, E AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO.

Eu já vi muitas pessoas ficarem tristes com a "conversão" de alguém próximo, para outra religião cristã, pois isso é sinal de que aquela pessoa vai se afastar. Que seus pensamentos ficarão tão diferentes, que vai tornar difícil uma convivência fraterna. Existe contradição maior? O mesmo Deus, o mesmo Jesus, o mesmo ensinamento de amar ao próximo...

A grande maioria dos que trocam de religião é por questão de ACOLHIMENTO. Eles ficariam em qualquer igreja que desse uma boa acolhida. Quantos amigos eu tenho, que sentem falta de algo para completar suas vidas, e que estão esperando que eu as convide para apresentar esse algo novo? Algo que possa ajudar a superar as dificuldades com mais tranqüilidade... Quantos estão à deriva, esperando que alguém ofereça a oportunidade de FAZER PARTE de um grupo de amigos que saiam juntos, se divirtam juntos, e quando encontram essa oportunidade com um grupo diferente do que consideramos como certo, nós ficamos tristes... Os grupos se fortalecem a medida que seus integrantes SE SENTEM PARTE dele e compartilham suas alegrias e angústias, até que se sintam à vontade para trazer novas pessoas a fazerem parte também... Quando uma igreja enche ou se esvazia, é por isso: ACOLHIMENTO. Todos precisam disso para se sentir bem em qualquer lugar.

A mensagem de hoje é para que abramos nossos olhos ao que está claro: não há salvação para quem exclui as pessoas... Portanto, quem quer construir o Reino dos Céus aqui na terra precisa saber acolher, e fazer as pessoas se sentirem parte do grupo. E a melhor forma de fazer isso é incentivando cada um a desenvolver suas potencialidades, e parabenizando todo e qualquer avanço, por mínimo que seja...

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com



domingo, 26 de agosto de 2007

Façamos o possível para entrar pela porta estreita (Lc 13,22-30) (26/08/07)

Façamos o possível para entrar pela porta estreita


                Dois pontos que se sobressaem a mim, hoje, são: a verdadeira repulsa de Jesus pelos falsos pastores, e a intenção dEle em mostrar que o Reino de Deus é para todos.

                Durante esta semana, todos os evangelhos falaram sobre as exigências de Jesus para quem quer alcançar o Reino dos Céus. Hoje é como um desfecho da semana: "Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita." Ele não responde a pergunta com um simples "sim, são poucos os que se salvam", mas fez questão de mostrar o quanto Deus abomina aqueles que gostam de usar seu nome em favor próprio. E o pior de tudo, é que essas pessoas que se favorecem com o nome de Jesus são pessoas inteligentes, mas que usam dos seus dons para tirar proveito das pessoas que estão no seu momento de fragilidade. Quem age assim, pode até usar algum mecanismo de auto-defesa para não se sentir culpado, mas lá no fundo, sabe que faz algo errado.

                A segunda ponto é interessante porque, pela forma que Jesus fala, dá para imaginar qual era o público para o qual Ele pregava: judeus bastante "religiosos", provavelmente líderes comunitários, que usufruíam de certa influência sobre o povo. Naquele tempo, os judeus se imaginavam como os únicos merecedores da "morada eterna" após a morte. Jesus fala, com toda autoridade, tudo aquilo que eles jamais pensariam ouvir de alguém, pois o que Jesus dizia, contrariava o que Eles falavam. Jesus disse que o Reino seria ocupado por povos de todos os lugares do mundo, e que "há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos". Ou seja, Jesus fazia com que essas autoridades locais procurassem ser mais coerentes com as próprias atitudes. Muitos dos primeiros escolhidos de Deus, Israel, passariam a ser os últimos, e muitos dos povos do mundo, estariam a frente deles no Reino.

                O que fica de lição para nós hoje é, mais uma vez, que façamos o possível para entrar pela porta estreita. E que Deus ilumine o coração daqueles que usam sua inteligência para tirar proveito próprio, utilizando o nome de Jesus. Pois caso estes não se arrependam, ficarão do lado de fora do Reino que eles mesmos pregam.

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com

sábado, 25 de agosto de 2007

Ser exemplo (Mt 23,1-12) (25/08/07)

Ser exemplo

                É interessante ver como as palavras de Jesus caem bem para qualquer época. O que Ele falou há quase 2 mil anos, continuaria se aplicando em todas as épocas históricas, até hoje. Mas de que lado você se vê hoje? Do lado do discípulo que está escutando o que Jesus está ensinando, ou do lado dos antigos mestres da lei? É quase certo que nos colocaríamos no lugar dos discípulos, até porque é difícil admitir que nem sempre agimos da forma que consideramos correta.

                Quem nunca recriminou a fofoca alheia? Quem não recriminaria alguém que fez um julgamento? Quem acharia correto alguém que fica impaciente com alguém que ama? No entanto, quem nunca fofocou? Quem nunca julgou? Quem nunca ficou impaciente com alguém que ama?

                Existe uma história bem conhecida em que Gandhi é procurado por uma mãe que pede a ele que oriente o seu filho a parar de comer doces em excesso, porque faz mal à saúde. Gandhi diz a mulher que volte com o filho em 1 mês. A mulher obedece e volta após 1 mês, com o filho. Gandhi olha para a criança e diz: "Meu filho, pare de comer doces... Isso faz mal para a sua saúde." A criança assente com a cabeça e promete tentar diminuir a gula. Antes de sair, a mãe pergunta a Gandhi: "Por que o senhor não aconselhou o meu filho há um mês atrás, quando vim aqui?"E ele respondeu: "Porque há 1 mês eu estava comendo doces em excesso..."

                Quantos lares vêm se desfazendo pela falta do modelo dentro de casa... Adolescentes carentes, que vão buscar fora de casa os exemplos para seguir... Porque os pais sabem como os seus amigos devem criar seus filhos, mas como diz o ditado: "em casa de ferreiro, o espeto é de pau." Uma amiga minha, certa vez, falou de um programa de TV em que uma babá profissional passa uma semana na casa de uma família ensinando como tratar as crianças problemáticas... Essa minha amiga dizia: "Eu duvido que ela faça isso com os filhos dela." E, de fato, eu conheço psicólogos(as) que dão conselhos sobre como superar todos os tipos de problemas, mas eles mesmos têm enorme dificuldade de lidar com seus próprios problemas... E isso parece que vale para quase todas as profissões e famílias... Quem nunca ouviu falar de alguém que trata as pessoas de fora da família maravilhosamente, mas com os de casa... ah... como é difícil...

                Enquanto eu mesmo escrevo, vou pensando em como eu também sou assim... e vou  percebendo o quanto é difícil seguir o que nós mesmos acreditamos ser o certo... Com os antigos mestres da lei era mais evidente porque eles eram mais visados que as pessoas comuns... Além do que a sua função era formar o povo na doutrina. Nossos padres, pastores, professores, pais... parecem mais cheios de imperfeições porque nós observamos se suas palavras conferem com suas atitudes...

No momento em que nos colocamos no papel de formadores, conselheiros, nossa própria consciência deve estar bem "calibrada". É mais fácil as pessoas aprenderem e seguirem uma lição pelo exemplo prático que verão em nós, do que pela teoria...

 

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com



sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Missão de hoje: ser o Filipe de alguém (Jo 1,45-51) (24/08/07)

Missão de hoje: se o Filipe de alguém


Não é à toa que agosto é o mês vocacional: todos os dias o Evangelho nos convida a segui-lo. Hoje, o evangelista é João, e ele narra a formação do grupo de discípulos de Jesus. Uma parte foi chamada diretamente por Jesus, como Filipe. Outra parte foi apresentada a Jesus pelos primeiros, como Natanael.

O mais interessante ao observar as narrações dos fatos na Bíblia é tentar se colocar no lugar dos personagens, e tentar entender as razões que moveram cada um... Por exemplo, Filipe, o que fez com que ele acreditasse em Jesus, mesmo antes do início de suas obras? E acreditar a ponto de chamar outra pessoa, que inicialmente duvidou, mas ao escutar as primeiras palavras de Jesus, reconheceu o verdadeiro Filho de Deus...

Estamos entre os que já foram apresentados a Jesus. E como Filipe, agora temos o papel de apresentar a Jesus novas pessoas. Mesmo que a resposta dessas pessoas, inicialmente, seja como a de Natanael, que ainda "fez gracinha" com a região onde Jesus nasceu, nós podemos dizer a essa pessoa: "Vem ver!"

Quando participamos de algo tão bom, como o Reino dos Céus, é natural querer levar para outras pessoas também conhecerem. Portanto, a missão de hoje é "ser o Filipe" de alguém, e apresentar Jesus a alguém que não o conheça, mas que esteja precisando encontrá-lo.

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com



quinta-feira, 23 de agosto de 2007

A parábola do tesouro escondido no campo (Mt 13,44-46) (23/08/07)

A parábola do tesouro escondido no campo


                No evangelho de hoje, por mais que se procure algo extraordinário, a mensagem é bem simples para quem já é familiarizado com as metáforas de Jesus.

                Ele foi um excelente contador de histórias. E nessa narrativa, imagino Jesus prendendo a atenção da multidão contando detalhes... "Era uma vez um homem que passeava no campo, até que, nesse passeio, ele encontrou um baú escondido sob um arbusto. Quando esse homem foi ver o que tinha no baú, se deparou com um grande tesouro! Então ele fechou o baú, escondeu novamente no mesmo lugar, e voltou para casa. Ele desejou ardentemente aquele tesouro, pois seria a salvação da sua vida! Só que aquele campo era muito caro. Sendo assim, aquele homem vendeu tudo o que possuía, para poder comprar aquele campo e ficar com o tesouro. Então foi isso o que ele fez: vendeu tudo o que tinha e comprou o campo. E esse homem viveu feliz para sempre... Pois bem, meus filhinhos, o homem dessa história é cada um de nós, e esse tesouro é o Reino dos Céus. Vocês estão conhecendo esse tesouro agora, eu estou aqui mostrando para vocês. Os meus discípulos já se desfizeram de tudo o que tinham e compraram o campo para eles, porque reconheceram o tesouro. Vocês também podem fazer o mesmo... Reconheçam o tesouro do qual estou falando... Reconheçam o Reino dos Céus, acreditem nesse tesouro! No momento em que vocês perceberem que não existe nada mais importante, vocês irão pensar: é isso que eu quero para a minha vida! E irão fazer o que for preciso, para ter esse tesouro!"

                O jovem rico que ficou triste quando Jesus disse a ele que vendesse os seus bens e o seguisse, não reconheceu o tesouro que estava escondido no campo. Aquele jovem era muito apegado às coisas do mundo. E nós, a que nós somos apegados? O que nós não deixaríamos para trás, para poder comprar o campo com o tesouro escondido? O que nos prende a esse mundo? Se nós fôssemos levados para um lugar onde não pudéssemos levar nada nem ninguém, do que sentiríamos falta?

                É inquietante pensar na resposta para essa pergunta... Principalmente quando o nosso apego não é material, mas às pessoas com quem convivemos. Não suportamos a idéia de perder aquela pessoa... E chegamos a fazer aquela pessoa ser o mais apegada e dependente possível, a nós. E também ficamos extremamente dependentes dela. Como se fosse possível suprir todas as necessidades... Às vezes chegando a limitar e até impedir o crescimento pessoal do(a) outro(a).

                A mensagem de hoje, portanto, é pensar nos nossos apegos... O verdadeiro apego é aquele que prende, e limita o crescimento pessoal. O que me prende? O que me limita? O que me faria falta em uma ilha deserta?

 

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com



quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Sabeis qual é o dom mais precioso do homem? (Lc 1,26-38) (22/08/07)

Mais uma vez nos deparamos com uma passagem em que São Lucas não presencia o fato, e narra o ocorrido com a liberdade do estilo literário que caracteriza o seu livro. Ao parar para refletir essa leitura, podemos nos limitar a entender o fato histórico, mas também podemos ir um pouco mais além, e tentar ultrapassar a limitação das belas palavras usadas pelo evangelista.
O fato histórico é um dos mistérios de fé bastante discutidos, principalmente nos primeiros anos do cristianismo e da Igreja Católica Apostólica Romana. Maria engravidou por obra do Espírito Santo, após ter dito seu SIM ao anjo Gabriel. Ela se colocou como serva, à disposição da vontade do Senhor. Jesus precisava nascer de uma mulher que fosse exemplar, e Deus escolheu Maria. A partir daquele momento, ela tinha uma enorme missão na sua vida: ser a mãe do Filho de Deus.
Certa vez, eu li um livro em que duas pessoas arrumaram um jeito de voltar no tempo até a época de Jesus, utilizando uma máquina do tempo. E durante esta aventura, eles tiveram algumas oportunidades de conversar a sós com Jesus. Em uma dessas conversas, Jesus perguntou: “Sabeis qual é o dom mais precioso do homem?” Um deles respondeu: “A liberdade.” Jesus continuou: “A consagração amorosa da vontade humana a do Pai. De fato, meus filhos, é o único dom válido que o homem pode oferecer a Deus.” Eles perguntaram a Jesus: “Queres dizer que nada mais podemos oferecer?” E Jesus concluiu com essas palavras: “Fazer a vontade de Deus é tudo.”
Mas qual é a vontade de Deus na minha vida? E na sua vida? A vontade de Deus na vida de Maria até que foi fácil dela descobrir, afinal, um anjo foi visitá-la e disse com todas as letras, bastou ela dizer “sim”. Realmente, dizer o “sim” foi fácil, mas cumprir o “sim”, com certeza foi muito difícil. Isso sem falar de José, que também teve que dar seu “sim” para que Jesus também tivesse um exemplo de pai terreno. Como homem, acredito que o “sim” de José tenha sido tão difícil quanto o de Maria... Tudo isso para fazer a vontade de Deus na vida deles.
A mensagem que esse Evangelho nos deixa para o dia de hoje é: silenciar a nossa mente e o nosso coração para escutar o que Deus quer de nós. O interessante é que nós, quase sempre, já sabemos o que Ele quer de nós, mas nos falta coragem de admitir... Ficamos adiando, procurando confirmações que venham de fora... Alguém que chegue e adivinhe exatamente o que estamos passando... enquanto isso o tempo vai passando...
Feliz de quem ainda sente o incômodo de querer mudar algo que sabe que não está certo... Quando nem esse incômodo existir mais, aí sim, Deus se preocupa...

Jailson Ferreira
jailsonfisio@hotmail.com

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Como as pessoas ao nosso redor podem ser sinais de Deus (Mt 19,23-30) (21/08/07)

                Três momentos ficaram na minha cabeça nestes últimos 3 dias, e me ajudaram a refletir nesse Evangelho de hoje. Primeiro, quando meu sogro e amigo, Dr. Bira, disse em palestra para os crismandos, no sábado, algo muito óbvio, mas que eu nunca tinha pensado: as expressões usadas pelos escritores da Bíblia são de acordo com a cultura de cada povo e época. O exemplo que ele deu foi dizendo que quando ele era jovem, usavam a expressão "entrar pelo cano" para dizer que alguém "se deu mal". Se alguém escrevesse uma história que tivesse essa expressão, e alguém lesse essa história uns mil anos após, ou em outro lugar onde ninguém conhecesse essa expressão "entrar pelo cano", iriam pensar que o escritor da história deve ter enlouquecido: "Onde já se viu, a pessoa fez algo errado e entrou pelo cano???"

                O segundo momento que me ajudou nessa reflexão foi a expressão misericordiosa no rosto de uma pessoa que eu nem conheço muito bem. Durante a missa do domingo à noite no Pio X, o Ministro da Eucaristia André estava à esquerda do Monsenhor Catão, e durante boa parte da missa eu percebi um sorriso sereno na sua face. E esse sorriso ficou ainda mais expressivo no momento em que o Monsenhor, ao final da missa, foi se explicar dizendo que apesar de parecer, não estava chateado no momento da sua pregação em que reclamou que as pessoas estavam chegando atrasadas à missa.O olhar e o sorriso de André para Monsenhor Catão era como o de quem estava pensando: "Poxa, Monsenhor, o senhor teria toda a autoridade e razão para reclamar e até ficar chateado com quem chega atrasado na missa, mas está aqui, preocupado que ninguém pense que o senhor está chateado... Hoje eu passei a admirá-lo ainda mais..." Dizem que o momento que uma criança é mais sincera, é o momento em que ela brinca sozinha, pois quando ela sabe que estão observando, ela "representa". André me passou a impressão de transbordar o que o seu coração estava cheio, naquele momento, e sem perceber, estava evangelizando.

                O terceiro fato aconteceu na reunião desta segunda à noite, na preparação para a reunião do sábado com os crismandos. Raoni falou da dificuldade que todos nós estamos enfrentando devido a falta de tempo. Mas apesar disso, ainda arrumou tempo no final de semana para dar palestras em 2 lugares, deixando mulher e filho em casa. E isso é algo que todos nós vemos acontecer na vida dele todas as semanas. Nosso querido papa João Paulo II dizia que o mundo precisa de mais santos que usem calças jeans, e que trabalhem, vão ao cinema, à escola, às festas, e que levem aos outros jovens que é possível ser feliz em todos os ambientes, sendo de Jesus.

                O primeiro fato me ajudou a compreender que a expressão usada por Jesus ("passar pelo buraco de uma agulha") foi certamente um termo para expressar algo muito difícil de acontecer, mas que os discípulos devem ter tentado imaginar aqueeele camelo passando por dentro do buraco da agulha... Devem ter se olhado com espanto real!!! Eles levaram à sério o que Jesus falou... A narração continua dizendo que "Jesus olhou para eles e disse: para os homens isso é impossível, mas para Deus tudo é possível." É aí que entra o segundo momento que eu falei... Jesus OLHOU PARA ELES... e deve ter sido um olhar de misericórdia, como o de André lá na missa... Só que Jesus deve ter pensado: "Meus filhinhos... será que eu tenho que explicar tudo beeem explicadinho todas as vezes???" Ele poderia ter dito que usou uma metáfora, que foi apenas força de expressão, mas imagine a confusão que ia ser na cabeça daqueles discípulos... Foi mais didático dizer que Deus faz o impossível, inclusive passar um camelo pelo buraco de uma agulha!!! Chega a ser engraçado!

                O terceiro fato ajuda a entender os versículos finais do Evangelho. Jesus diz que a recompensa para quem deixar pai, mãe, irmãos, filhos, trabalho, por causa dEle, é receber 100 vezes mais,  e ter, como herança, a vida eterna. De fato, quem parte em missão merece uma grande recompensa no Reino. No entanto, o papa João Paulo II nos deixa a possibilidade de viver neste mundo em harmonia com a vontade de Deus, levando o Evangelho a todos os lugares, conciliando com trabalho, casa, família e amigos, dando exemplo de que é possível começar o céu aqui na terra.

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com



Encontre o que procura com mais eficiência! Instale já a Barra de Ferramentas com Windows Desktop Search GRÁTIS! Experimente já!

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

O que fazer para alcançar a vida eterna? (Mt 19,16-22) (20/08/07)

                 Por esse mundo afora, existem pessoas muito ricas. Muito ricas mesmo! Que têm dinheiro para comprar o que quiserem nesse mundo. Essas pessoas têm tanto dinheiro, que nem têm noção do que fazer com ele. Essas pessoas vivem juntando dinheiro como se nunca fossem morrer... E se pudessem, pagariam o preço que fosse para não morrer mesmo! Se um cientista descobrisse a fórmula da vida eterna, existiriam pessoas que pagariam QUALQUER PREÇO por esta fórmula!

                Pois era isso que o jovem do Evangelho de hoje queria de Jesus: saber o que fazer (de bom) para ter a VIDA ETERNA. Observe que ele não diz "entrar no Reino dos Céus", isso é Jesus quem diz. O que o jovem quer é viver eternamente! Imagine o mundo de possibilidades que se abririam se você pudesse viver eternamente... Se Jesus tivesse dito ao jovem: "Dê-me todo o seu dinheiro, que eu lhe digo o que fazer pra ter a vida eterna." Talvez o jovem tivesse dado. Porque se ele pudesse viver para sempre, poderia recuperar o dinheiro de várias formas, mesmo que durasse 500 anos... Só que, no final, Jesus diz: "Se queres SER PERFEITO, vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres, e terás um TESOURO NOS CÉUS. Depois, VEM E SEGUE-ME." Depois disso o jovem vai embora triste, e o evangelista conclui: "porque era muito rico". Será que o jovem foi embora porque era muito rico? Ou será que ele ficou triste por outro motivo? Vejamos...

                Jesus era um exímio conhecedor do comportamento humano. Nesta passagem, ele percebeu as verdadeiras intenções do jovem, e utilizou uma técnica bastante utilizada por Sócrates, há mais de 400 anos antes de Cristo... Ele conduz o interlocutor por um caminho fácil, seguindo uma linha de raciocínio lógico, através de perguntas e respostas simples, para no final colocá-lo em uma situação na qual seu interlocutor se vê obrigado a reconhecer a fragilidade da sua convicção sobre o assunto. Na prática: O jovem queria saber o que fazer para ter a VIDA ETERNA. Jesus, basicamente, citou os mandamentos da lei de Deus. E como um judeu que se preze, o jovem cumpria tudo, e foi o que ele falou para Jesus. Mas o jovem não se deu por satisfeito, pois ele sabia que muitos também seguiam aqueles mandamentos e MORRIAM! Então ele perguntou ao mestre, com todo o respeito: "O que me falta?" E é nesse momento que Jesus dá a resposta que está no versículo 21:

1) "Se queres SER PERFEITO...": na verdade, o rapaz queria mesmo era a VIDA ETERNA, mas Jesus levou por esse caminho porque o jovem concordou que seguia os mandamentos...

2) "...e terás um TESOURO NOS CÉUS": Aí já envolve a questão da fé. O rapaz teria que acreditar que depois de sua morte, na outra vida, ele teria a recompensa desse ato de doação. Mas para isso ele teria que morrer... mas e se não existisse a outra vida???

3) "...VEM E SEGUE-ME": Esse é o cheque-mate. Com certeza, a medida que Jesus foi pronunciando este versículo, foi observando a expressão corporal do jovem rico, e verificando a sua tristeza e provável decepção...

                Conclusões: 1) Seguir Jesus como missionário requer desapego a qualquer coisa deste mundo, pois não levaremos nada dele. 2) Ou o jovem rico queria uma vida eterna terrena e se decepcionou com a vida celestial prometida por Cristo, ou achou o preço muito alto para correr o risco.

                Uma história conclui essa reflexão: Madre Teresa de Calcutá recebeu a visita do 1º ministro da Inglaterra, que se sentiu profundamente tocado e enojado pelo trabalho que a madre desenvolvia com os pobres e doentes. Ele disse a ela: "Por dinheiro nenhum eu faria isso que a senhora está fazendo." Ao que ela respondeu: "Por dinheiro eu também não faria."

 

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com



Receba GRÁTIS as mensagens do Messenger no seu celular quando você estiver offline. Conheça o MSN Mobile! Cadastre-se já!

domingo, 19 de agosto de 2007

Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar? (Lc 1,39-56) (19/08/07)

Esta é uma daquelas passagens da Bíblia da qual eu fico pensando: quem foi que testemunhou essa cena, para depois poder registrar esse diálogo tão inspirado entre Maria e Isabel? Não existia ninguém, além delas e de Zacarias, naquele lugar. Portanto, a primeira observação que faço dessa passagem bíblica é que ela é fruto de uma enorme e aberta admiração do evangelista Lucas por Maria, que a escreveu por meio de relatos que devem ter vindo direta ou indiretamente dela. O Evangelho de Lucas é, disparado, o livro que mais exalta a mãe de Jesus. Se bem que as leituras de hoje (do Apocalipse de São João e o Salmo) também fazem referência ela.

O segundo ponto que chama atenção é a enorme alegria de Isabel pela visita de Maria. E nesta enorme empolgação ela pronuncia algumas das frases mais belas que já foram ditas a Maria. Dentre essas frases, a que eu gostaria de refletir hoje: "Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar?" E realmente, eu não conseguiria medir o tamanho da alegria em meu coração, se um dia a mãe de Jesus viesse pessoalmente bater a porta da minha casa. Quando eu escutasse a voz dela na sala, de onde eu estivesse na casa, iria correndo para vislumbrar essa pessoa tão importante. E pensaria da mesma forma que Isabel: "O que eu fiz pra merecer tanto?" No caso de Isabel, ela estava grávida de 6 meses, e iria dar a luz a João Batista, o anunciador de Jesus. Além disso, Isabel era prima de Maria e era idosa. Por isso, Maria passou 3 meses cuidando de Isabel.

Só sabe o imensurável valor de Maria, quem sabe a importância que uma mãe tem para um filho. Se nós, que somos tão pecadores, amamos nossa mãe, a defendemos de qualquer mal, e gostamos tanto quando alguém a trata bem, imagine então o quanto Jesus valorizava a mãe dEle... Quem ama Jesus de coração, teria como não amar a sua mãe? Basta imaginar os sacrifícios que uma mãe passa por um filho, desde quando ele está no seu ventre, seu parto, os cuidados intensivos de dar comida, trocar fralda, dar banho, remédio, pôr pra dormir e acordar no meio da noite tantas vezes quanto for preciso... tudo isso para que tivéssemos A Salvação... E ela ainda teve que presenciar a morte dEle, com toda aquela humilhação...

É por isso que eu concluo repetindo... Se Maria viesse visitar minha casa, a minha festa seria tão grande quanto foi a festa que Isabel fez para ela... Quem sabe um dia eu mereça... Quem sabe um dia você mereça... Para isso, é preciso "preparar a casa"... Pensemos: em quantas casas Maria deve ter entrado durante aquele tempo em que estava grávida de Jesus? E mesmo depois da gravidez? No entanto, o Espírito Santo só habitou quem "preparou a casa", ou seja, quem entendia a importância dela e do seu Filho.

Preparemos nosso espírito para receber com todo o carinho a mãe do nosso Salvador, pois do jeito que ela cuidou de Jesus, ela cuida e cuidará de cada um de nós sempre que precisarmos.

Jailson Ferreira

jailsonfisio@hotmail.com

sábado, 18 de agosto de 2007

Deixai vir a mim as criancinhas (Mt 19,13-15) (18/08/07)

No Evangelho de hoje dois pontos me chamam atenção. O primeiro é o fato das crianças se sentirem atraídas por Jesus a ponto de provocar um tumulto que os próprios discípulos acharam necessário intervir, para depois serem repreendidos pelo Mestre. Este é um ponto que eu considero interessante porque se prestarmos atenção, veremos que são pouquíssimas as pessoas que têm esse “magnetismo” com as crianças. E as características em comum nessas pessoas são: a doçura, a simplicidade, o sorriso constante, a paciência, a alegria, a jovialidade, a espontaneidade... Em todos os lugares por onde Jesus passava, multidões vinham ouvi-lo, e as crianças vinham espontaneamente para que Ele impusesse suas mãos e orasse por elas. E Jesus se deleitava com isso. Nos quadros que tentam retratar essa cena, Jesus sempre está sentado, com um olhar sereno, com cada mão sobre a cabeça de uma criança super-comportada, e mais umas 3 crianças esperando pacientemente a sua vez... Se eu fosse pintar um quadro da forma como imagino que aconteceu, seria com dezenas de crianças correndo, pulando, gritando, brincando e fazendo a maior festa em torno de Jesus, que se divertia com elas, enquanto alguns discípulos tentavam, em vão, controlar a bagunça... Jesus sempre ensinou pelo exemplo e pelas palavras. Se Ele dizia que para entrar no Reino dos Céus, deveríamos ser como crianças, então Ele próprio se fazia criança, principalmente quando estava entre crianças.

O segundo aspecto que me fez refletir foi um questionamento para tentar entender melhor a psicologia de Jesus: Por que Ele deu tanta importância às crianças,a ponto de dizer que o Reino de Deus é delas, e para quem se faz como elas? O que Jesus via nas crianças, para chegar a dizer isso? Já ouvimos muitos dizerem que a criança é espontânea; que pode ficar com raiva, mas no minuto seguinte já faz as pazes e esquece; que não vê malícia em nada; dentre tantas outras características... Qual a experiência de Jesus com as crianças? O que Jesus realmente queria transmitir aos discípulos?

Na leitura da terça-feira, os discípulos queriam saber quem era o maior no Reino dos Céus. Jesus pegou uma criança e disse: “O maior no Reino dos Céus é quem se faz pequeno como esta criança.” Aí está uma parte da resposta aos questionamentos... As crianças já têm seu lugar garantido no Reino dos Céus, mas quando elas crescem, aos poucos vão perdendo as características de criança... A inocência vai, aos poucos, ficando pelo caminho... A espontaneidade, a verdade, a alegria, aos poucos vão dando lugar às máscaras que colocamos para nos “protegermos” uns dos outros... E vamos ficando, cada vez mais, na defensiva...

Talvez a característica mais importante da criança que Jesus falava é a de estar sempre pronta para aprender o que lhe é ensinado. Como um livro aberto, sem preconceitos... Talvez seja assim que Jesus quer que sejamos... como crianças que confiam plenamente no que o Pai lhe ensina, e que se jogam nos braços do Pai com 100% de certeza de que Ele não nos deixará cair no chão.

Jailson Ferreira
jailsonfisio@hotmail.com

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Matrimônio e celibato (Mt 19,3-12) (17/08/07)

Matrimônio e celibato

O tema do Evangelho de hoje tem tudo a ver com vocação (tema do mês) e família (tema da semana): matrimônio e celibato.

Jesus é claro nas palavras: “...de modo que eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu o homem não separe.” E ao ser interrogado sobre a lei antiga, Jesus responde: “Moisés permitiu despedir a mulher, por causa da dureza de vosso coração. (...) Quem despedir a sua mulher – a não ser em caso de fornicação – e se casar com outra, comete adultério.” O termo “fornicação” é designado para matrimônio inválido, que dentre outras causas pode ser assim considerado pela prática de relações sexuais fora do casamento ou entre pessoas que não são casadas.

A maior intenção do casamento é a constituição de uma família: pai, mãe e filhos. A própria igreja já se negou a realizar o matrimônio de casais que não podiam ter filhos, devido a um dos dois não poder realizar o ato sexual por problemas físicos. Sem o ato sexual, eles viveriam como irmãos, e portanto não haveria a união carnal da qual Jesus falou. O outro extremo, como Jesus falou, também invalida o casamento. O ato sexual fora do casamento compromete um pilar básico do matrimônio: a fidelidade conjugal, que é jurada perante padre, familiares e testemunhas.

Marido e mulher são a base da família. E assim como qualquer grupo tem a “cara” do seu líder, a família tem a “cara” dos pais, para o bem ou para o mal. Os filhos herdarão não só os genes, mas tudo o que os pais transmitirem consciente e inconscientemente, de bom e de mau, através das suas palavras, mas principalmente por meio de suas atitudes entre si e para com os filhos.

Como é difícil vermos um casal exemplar hoje em dia... Parece que o amor está “fora de moda” entre os casais... Como é difícil vermos um casal que faça carinhos entre si, em público, e parece que quanto mais vai passando o tempo, mais difícil ainda... É como se fosse um sinal de fraqueza, principalmente para o homem. E a mulher acaba tendo que acompanhar esse resfriamento da relação, e os dois acabam se acostumando... E pra complicar ainda mais, esse “frio” acaba sendo transferido para os filhos... Tudo isso vem passando de geração em geração, até que chegou a nossa vez de tentar fazer diferente...

Às vezes passamos por experiências que não desejaríamos a ninguém. Na hora não entendemos o porquê de merecer tanto sofrimento. Mas acabamos aprendendo que a nossa vida é parte de um plano muito maior de Deus. Que após um grande sofrimento, sempre vem uma grande felicidade. E que a experiência adquirida pelo sofrimento deve servir para ajudar outras pessoas a não caírem nos mesmos erros...

Portanto, essa é a lição de hoje: escolher a vocação do matrimônio ou celibato, e abraçá-la. Escolhendo o matrimônio, saber escolher a pessoa certa, para que os filhos possam viver em uma família onde reine o amor.

Jailson Ferreira
jailsonfisio@hotmail.com

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Quantas vezes devemos perdoar a quem nos ofendeu? (Mt 18,21–19,1) (16/08/07)

Quantas vezes devemos perdoar a quem nos ofendeu?

O Evangelho de hoje já é bem conhecido de todos nós. Pedro pergunta a Jesus quantas vezes devemos perdoar quando alguém peca contra nós. A lei antiga dizia sete vezes. Mas Jesus surpreende Pedro com sua resposta: “Até setenta vezes sete.” Que é uma expressão que significa “infinitas vezes”. Em seguida Ele conta a parábola comparando o Reino ao rei que perdoa o empregado que lhe deve uma fortuna, mas que este empregado, não perdoando ao seu devedor, deverá prestar contas ao rei por sua maldade.

Vemos então que mesmo Deus, sendo a Misericórdia Infinita, não perdoa os nossos pecados se não houver uma contra-partida nossa. Se pedirmos o perdão a Deus, Ele há de perdoar, mas Ele quer que também saibamos perdoar a quem nos ofendeu.

Às vezes, na nossa vida, fazemos tantas coisas que desagradam a Deus, mas mesmo assim Ele nos enche de bênçãos e graças. Mesmo sem merecer, Ele nos dá saúde, casa, tempo livre, comida, amigos, roupa, dinheiro, inteligência, estudo, trabalho, família, carro, e tantas outras coisas materiais e não-materiais... Sabemos disso e até agradecemos a Deus por isso... Tudo isso é sinal da misericórdia de Deus na nossa vida... E olhe que nós, na maioria das vezes, nem lembramos de pedir a Deus que nos perdoe pelos nossos inúmeros pecados... Não dá tempo nem de se arrepender deles, e Deus já está novamente nos presenteando...

Poderíamos pensar que jamais faríamos o que esse empregado fez com o seu devedor. Mas no momento em que cobramos de alguém, qualquer coisa que recebemos de graça, como presente de Deus, estamos agindo como esse empregado mau. Às vezes “estrangulamos” as pessoas não fisicamente, mas com pensamentos, palavras, atos e omissões... Imaginemos que o empregado mau, ao saber que seria torturado até quitar sua dívida com o rei, tivesse a chance de voltar atrás em sua atitude com seu devedor... Com certeza o empregado teria perdoado seu devedor.

A lição de hoje é pensar de que forma estamos “estrangulando” as pessoas que nos ofenderam, e procurar perdoá-las setenta vezes sete. Que Deus nos abençoe nesse propósito...

Jailson Ferreira
jailsonfisio@hotmail.com

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Como devemos agir com quem nos ofendeu? (Mt 18,15-20) (15/08/07)

Como devemos agir com quem nos ofendeu?

A lição do Evangelho de hoje tem algumas entrelinhas interessantes para aplicarmos na nossa prática diária... Jesus diz: “Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas EM PARTICULAR, À SÓS CONTIGO!” Jesus não diz pra falarmos da ofensa daquela pessoa para outras pessoas, ou para ficarmos ressentidos com aquela pessoa e guardarmos a mágoa que temos por ela por tempo indeterminado... Veja que o que Jesus nos pede exige de nós um esforço enorme... Imagine quantas pessoas já fizeram algo que nos sentimos de alguma forma ofendidos, e qual foi a nossa atitude na maioria das vezes? Ir até ela e conversar em particular? Ou guardamos aquela ofensa em um grande arquivo na nossa memória, com o nome daquela pessoa... Limitando as possibilidades de uma boa amizade e de um aprendizado mútuo... Ou será que nós usamos aquela ofensa como uma verdadeira arma contra aquela pessoa, para mostrar o quanto ela é má, e o quanto fomos ofendidos por ela...

Chegar para uma pessoa e conversar sobre algo que nos ofendeu pode parecer algo distante da nossa realidade... Mas é exatamente isso o que Jesus nos pede. Muitas vezes, a pessoa que nos ofende está dentro da nossa casa, e nem sabe o quanto está nos ofendendo, porque nós nunca chegamos para dizer a ela.. Às vezes é uma pessoa com a qual convivemos diariamente no trabalho ou no estudo, e essa mágoa que guardamos dela nos corrói aos poucos...

Para quebrar essa barreira é preciso despir-se do orgulho, esse sentimento que aparentemente nos livra de uma situação desagradável, mas que nos afasta das pessoas...

Pessoalmente, eu não consigo imaginar uma pessoa religiosa passar muito tempo magoada com quem quer que seja. Ao invés de ficar magoada, ela pode simplesmente perdoar e esquecer a ofensa, ou chegar até a pessoa e se permitir um momento de aproximação e de aprendizado que pode dar alicerce a uma grande amizade.

Portanto, a lição que fica pra hoje é essa: pensar nas pessoas que nos ofenderam (o que não é difícil...) e analisar, com muita misericórdia, uma forma de se chegar até ela e conversar sobre isso, sem acusações, mas na intenção de abrir os olhos daquela pessoa para algo que talvez ela esteja fazendo sem perceber...

Jailson Ferreira
jailsonfisio@hotmail.com

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Quem é o maior no Reino dos Céus? (Mt 18,1-5.10.12-14) (14/08/07)

Quem é o maior no Reino dos Céus?

Para entender melhor a mensagem de Jesus, é interessante criar mentalmente o contexto no qual aconteceu esta cena...
Certamente os discípulos estavam com Jesus na presença de uma pequena multidão. Imagino Jesus observando o movimento das pessoas, algumas crianças acompanhando os pais, algumas sentadas, outras inquietas, e todos esperando o momento em que Jesus começasse a falar... Jesus então deve ter percebido que alguns discípulos já vinham, há algum tempo, conversando entre si sobre como deveria ser o Reino dos Céus. Jesus já havia contado várias parábolas sobre o Reino dos Céus, e já havia incutido neles uma enorme vontade de entrar neste lugar maravilhoso, onde eles poderiam ficar face a face com Deus. Agora, o lado humano desses discípulos queria saber qual deles teria maior lugar de destaque no Reino, qual deles seria o maior de todos. E antes de fazer a pergunta a Jesus, eles mesmos devem ter discutido bastante sobre isso, e talvez chegaram até a brigar, antes de chegarem ao ponto de perguntar ao mestre. Devemos observar que a pergunta que eles fazem a Jesus é: “Quem é o maior no Reino dos Céus?” O evangelista Mateus não chega nem a dizer qual deles fez a pergunta, e além disso tem o cuidado de “melhorar” a pergunta, pois em outras passagens da Bíblia, a pergunta é até mais direta: “Quem de nós sentará ao teu lado no Reino?” O que se pode deduzir disso é que Jesus falava tanto e tão bem do Reino dos Céus, que os discípulos fariam qualquer coisa para entrar nele, e com o maior destaque possível!!! A imagem de Reino que eles tinham é a de um reino da terra, então era nessa linguagem que Jesus poderia explicar. Com toda a hierarquia de um reino terreno.
Quando o discípulo fez essa pergunta, Jesus deve ter levado em consideração tudo isso, deve ter percebido os olhares ao seu redor, e visto que todos esperavam ansiosos por uma resposta que exaltasse o mais forte, ou o mais inteligente, ou o mais religioso, ou alguma virtude que eles pudessem discutir quem seria o mais “virtuoso” ou “qualificado” entre eles. O raciocínio rápido e inteligente de Jesus tinha que encontrar uma saída que fizesse com que eles parassem de brigar para ver quem era o maior entre eles, e foi uma saída de mestre a que Ele encontrou. Chamou uma criança e disse exatamente o oposto do que seus discípulos estavam preparados para ouvir: “Quem se faz pequeno como esta criança, este é o maior no Reino dos Céus.” Com isso, Jesus acabou com a discussão dos discípulos para saber quem seria o maior entre eles, pois agora eles deveriam buscar serem pequeninos como uma criança. E Jesus ainda arrematou: “E quem recebe em meu nome uma criança como esta, é a mim que recebe.” Jesus sabia que seus discípulos o tinham como Filho de Deus e, portanto, como presença garantida no Reino. Então agora eles teriam que buscar as qualidades de uma criança, e tratar as crianças como se fossem o próprio Jesus. Mas poderíamos interpretar “criança” com outra conotação: as pessoas simples e humildes, de pouca formação religiosa e acadêmica, os excluídos e marginalizados da sociedade.
Jesus deu mais uma ordem: “Não desprezeis NENHUM desses pequeninos...” E depois uma “ameaça”: “...pois eu vos digo que os seus anjos nos céus vêem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus.” Em outras palavras, se eles desprezassem qualquer pequenino, Deus iria saber na mesma hora, e não iria gostar nada disso. Portanto, o lugar deles no Reino dos Céus estaria ameaçado!!!
O Evangelho conclui falando ainda que Deus se agrada mais de um pequenino que é resgatado, do que de 99 que não precisaram ser resgatados. Eis uma boa pista para quem quer agradar a Deus e garantir um bom lugar no Reino dos Céus.
Jesus dividiu o seu discurso em três partes bem claras. Primeiramente Ele tira a vontade dos discípulos serem grandes (o Reino é dos pequeninos). Depois Ele ameaça a quem fizer qualquer mal a um pequenino (Deus não vai gostar disso). E, por fim, fala como Deus se agrada de reaver um pequenino que estava perdido (faça isso que Deus vai gostar). Isso leva os discípulos de uma posição de superiores, para uma posição de igualdade aos pequeninos. Ao invés de valorizarem o poder, a vaidade, são levados a se colocarem à disposição. E Jesus faz tudo isso porque percebe a grande vontade deles em participar do Reino dos Céus!
Portanto, a lição prática que podemos levar para a nossa vida hoje é: 1) fazer-se pequenino; 2) não desprezar nenhum pequenino; 3) melhor do que se manter num lugar seguro, tomando cuidado para não se perder, seria sair em busca dos pequeninos que se perderam, e resgatá-los.

Jailson Ferreira
jailsonfisio@hotmail.com