O Amor Ágape
Dois pontos me chamam muita atenção neste Evangelho de hoje... Primeiro: o que é ensinado. Segundo: a forma como é ensinado. O mestre da lei tenta colocar Jesus em dificuldade, mas Jesus é muito mais esperto do que ele.
O mestre da lei fez o tipo de pergunta que qualquer pessoa que estivesse lá, com Jesus, saberia responder, inclusive ele mesmo. Por isso, Jesus voltou a pergunta a ele: "O que está escrito na lei? Como lês?" Jesus deve ter pensado que ou estava falando com um débil mental ou com alguém que estava querendo TESTÁ-LO. É muito fácil saber quando uma pessoa está querendo nos testar: ela faz uma pergunta para a qual já sabe a resposta. Se fosse uma pessoa bem intencionada, Jesus teria respondido, mas um mestre da lei fazendo uma pergunta assim... Era pra se desconfiar... Jesus respondeu com duas perguntas que se completam: a primeira exigia uma resposta impessoal; e a segunda se referia à interpretação que o mestre da lei dava a esta lei. A resposta do mestre da lei foi tão completa, que confirmou o que Jesus já tinha percebido: a intenção era testá-lo. Foi então que Jesus procurou encerrar o assunto, inclusive elogiando o mestre da lei.
Mas o mestre da lei, que tinha ficado com um baixo conceito, quis "justificar" a sua pergunta, e é aí que aparece a sua malícia. Com a maior carinha de inocente, ele perguntou: "E quem é o meu próximo?" Se Jesus respondesse que próximo é toda aquela pessoa que está ao seu lado, indiferente de raça, cor, credo, gênero, idade, estado de saúde, condição social, etc, estaria encrencado porque os judeus e as suas leis tinham várias restrições para quem não era judeu legítimo, e cumpridor da lei. Se Jesus dissesse que apenas os judeus, seguidores da lei e dos bons costumes, eram "o próximo", cairia em contradição com seus próprios atos. E é neste momento que Ele se sai com uma bela parábola: o Bom Samaritano.
A resposta não foi direta, como o mestre da lei gostaria, mas veio de uma forma incontestável. A escolha de um samaritano foi proposital, pois os judeus da Samaria eram considerados menos dignos, pelos mestres da lei. E a atitude misericordiosa do samaritano foi, indiscutivelmente, a mais amorosa das três. O sacerdote e o levita da parábola fizeram exatamente o que a maioria de nós faria, numa situação parecida: passaria "pelo outro lado". Observe que Jesus não responde NENHUMA DAS PERGUNTAS do mestre da lei, mas faz que o próprio questionador responda às suas perguntas.
O que fica claro neste Evangelho é que uma pessoa como este mestre da lei, quando faz perguntas desse tipo, não está interessada em aprender, mas em colocar a outra pessoa em situação difícil. Escutam sua resposta procurando pontos contraditórios. Quem não tem conhecimento pleno do assunto, ou não tem raciocínio rápido para perceber a malícia dessas pessoas, acaba transmitindo insegurança. Mas Jesus estava sempre à frente dos pensamentos das pessoas... E no final, acaba deixando a lição que devemos levar hoje para o nosso dia: Quer ter a vida eterna? Ame a Deus, e ao próximo como a si mesmo; o próximo é todo aquele que precisar de você, ou que você precise dele... ame. E lembre-se que AMAR não é apenas um sentimento, mas é, antes de tudo, uma DECISÃO.
Deixo aqui, como sugestão de leitura, o livro "O Monge e o Executivo" (clique no link para fazer o download do livro: O MONGE E O EXECUTIVO.pdf ), de James C. Hunter, onde dentre tantos ensinamentos sobre liderança, também fala sobre o Amor Ágape, que é algo como amar com atitudes ao invés de amar com sentimento. Somente com o Amor Ágape nós podemos amar até quem nos fez mal.
Jailson Ferreira
jailsonfisio@hotmail.com
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