Não foi a Pedro, a quem dera as chaves do céu, concedendo-lhe a primazia da reconciliação, nem a João o discípulo amado, a quem confiara ao selo sua mãe, mas a Maria madalena, mulher a qual ele havia tirado sete demônios.
Sua primeira aparição foi vista por esse anglo pelos apóstolos.
Estavam aflitos e chorosos pela conclusão de que haviam roubado o corpo de Jesus enquanto Maria Madalena permanecia à porta do sepulcro com mesmo pesar.
Então lhe aparecem dois anjos, que não lhe causaram estranheza; num segundo momento, aparece-lhe Jesus, cuja aflição lhe confunde a visão, mas ao perceber o equívoco, corre certamente ao seu encontro saudando-o como de costume – mestre.
É contida – "Não me retenhas, porque não subi ao meu pai..."
E pede, em seguida, que fale de sua ressurreição os seus irmãos que jaziam na descrença.
"Quando souberam que Jesus vivia e que ela o tinha visto, não quiseram acreditar."
Jesus depois de tê-los censurado pela incredulidade e dureza de coração, disse-lhes: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura."
Irmão, Evangelizar ganha uma dimensão maior hoje. Maria Madalena faz a primeira Evangelização pos-crucificação, ela anuncia Cristo ressuscitado, aos seus, porém qual sua receptividade?
Despertara nos apóstolos um sentimento contrário.
Talvez tenha ficado claro para Maria Madalena o preconceito ou o ciúme.
Os setes demônios ainda permaneciam como marca em sua história, cuja misericórdia Divina não pode apagar.
A dimensão pessoal e a dimensão comunitária da Evangelização nos trazem uma concepção muitas vezes esquecida: somos apóstolos porque fomos e somos enviados ao anúncio, mas não deixaremos de ser discípulos, alunos, pela própria fé pascal que não encerra na cruz sua missão evangelizadora.
Irmãos, apregoemo-nos na cruz de Cristo sim, porém revestimo-nos de sua ressurreição e tal sacrifício (o nosso, que tolamente pensamos fazer) não passará de uma graça concedida na difícil tarefa de aprender.
A paz!!!
José Nilson Vieira Mendes
www.reflexaoliturgiadiaria.blogspot.com
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