Nossa reflexão começa alguns versículos anteriores. Jesus Cristo num momento forte de sua pregação faz uma analogia do seu corpo e do seu sangue como fonte de alimento para eternidade, reafirmando uma ligação íntima com Deus. Que de uma forma racional escandaliza quase todos, se não todos reunidos.
"Como pode este homem dar-nos de comer a sua carne?"
O grande problema dessa frase é que ela nos desafia a respondê-la e erroneamente buscamos nas expressões materiais; nos gestos e atitudes, conciliar a razão, o bônus da resposta quando coexiste o ônus da dúvida. E simplesmente a ignoramos.
É nesse contexto que nos deparamos quando temos que tomar uma importante decisão em nossas vidas, se quer a felicidade como recompensa, no entanto o processo pelo qual se constitui a conquista simplesmente se ignora.
"As palavras que vos tenho dito são espírito e vida"
Queremos a mesma justificativa daquele povo; que ansiava por um milagre, fazemos da nossa religião uma marca cultural pelo qual pretendemos ser referidos e muitas vezes pelas atitudes rituais. Quantos e quantos irmãos vemos de uma forma demagógica exaltar a Santa Eucaristia a passo que fazem dela um objeto de marketing pessoal; quantos e quantos vimos encerrar na construção exterior o desenvolvimento pessoal.
- Caso recebêssemos uma missão de construir uma casa, sozinhos, com um tempo indeterminado, mesmo que não tivéssemos as habilidades concernentes a cada modalidade exigida para a construção, conseguiríamos com êxodo.
Basta que fizéssemos cursos direcionados a construção civil.
Tanto construir como destruir é muito fácil quando é do lado de fora que estão nossos alvos, mas mudar uma vírgula sequer dentro de nós é algo impossível e talvez por isso atribuamos a Deus tão complicada empreitada.
Irmão, ouçamos a sua voz, pois são espírito e vida, e é no espírito que potencializaremos a resposta para essas palavras que nos pareçam duras, o nosso espírito não está do lado de fora e a vida que Jesus anunciou foi justificada no derrame do seu sangue, na mortificação do seu corpo tanto físico como moral.
José Nilson Vieira Mendes
www.reflexaoliturgiadiaria.blogspot.com
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