"Quem crê em mim, como diz a Escritura: Do seu interior manarão rios de água viva (Za 14,8 Is 58,11). 39 Dizia isso, referindo-se ao Espírito que haviam de receber os que cressem nele..."
Deveria ser assim o que acontece no nosso dia a dia. A cada vez que abríssemos a boca, só sairiam verdades, justiças, bondade, compreensão, sabedoria, etc. Mas na realidade é isso mesmo que acontece? Certa vez sem querer, eu escutava a conversa entre duas senhoras num portão. A coisa girava mais ou menos assim: Você viu o vestido dela? E ele? Pois é. A outra diz que não vai mais viver com o fulano... Gente, vamos parando por aqui! Nós somos assim. No lugar de água viva veja só o que sai da nossa boca! Pura podridão, às vezes. Maldade, malícia, em fim fofocas, mas só estamos brincando, não é nada sério não! É só para passar o tempo. Confesso que um dia eu passei uma grande vergonha. Trabalhava em uma firma e aconteceu uma grande injustiça no final de semana. Um funcionário competente foi demitido para dar lugar a um outro que acabara de se formar em contabilidade e era chegado da família do patrão. Todos ficaram revoltados, mas o máximo que poderíamos fazer,naquela hora, era olhar um para o outro com aquele olhar que diz tudo. Chegou a segunda-feira, patrão ausente com reuniões na filial, todos em sua rotina sem maiores preocupações. Tive de pegar uns papéis na sala de outro funcionário muito legal, e que não estava presente na sexta. Já entrei falando num desabafo. Ficou sabendo da grande injustiça? Ele virou-se para mim e disse prontamente: Eu não gosto de fofoca! Fiquei estatelado pensando. Mas eu não sou fofoqueiro! Ou sou? Eu queria dizer ao colega que não se tratava de fofoca, mas sim de comentar uma grande injustiça que todos estavam revoltados, até o filho do próprio patrão. Mas eu olhava na cara dele com aquela expressão de amigo, porém de muita seriedade... Mudei de assunto peguei as coisas passei a rotina do serviço anterior para ele, e, amanhã é outro dia. Bem feito, acho que mereci aquela.
Caros irmãos: sob a desculpa de que estamos corrigindo o mal do mundo, às vezes incorremos no erro de estar nada mais que fofocando, de estar falando mal do nosso irmão ou irmã. Precisamos estabelecer o limite entre fazer justiça e fazer e vingança. Em outras palavras, será que estamos sendo justos ao comentar uma injustiça, ou não passamos de um fofoqueiro? Estamos comentando ou relatando um fato injusto ocorrido recentemente, ou simplesmente estamos mesmo é falando mal de um irmão?
Bom domingo a todos, a paz de Cristo.
Sal
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