Também nós, no mar de nossa vida, enfrentamos de vez em quando, algumas tempestades: Um acidente, uma briga, na hora do desemprego, o filho que seguiu o caminho errado na vida, a filha que fugiu de casa com o rapaz que não era bem a sua outra metade, etc. Todas essas tempestades nos pegam de surpresa, no momento em que menos esperamos um contratempo. E qual tem sido a nossa reação? Rezar? Pedir ajuda ao pessoal da pastoral? Pedir a visita do padre em nossa casa? Xingar? Descabelar? Revoltar-se contra Deus? E depois dizer que não vai mais à missa? Etc.
Acontece que a nossa atitude ou a reação diante do mar revolto, vai depender única e exclusivamente da nossa fé. Se realmente temos fé, vamos estar derrotados, doloridos, sentidos, sofrendo muito, mais tudo isso com a calma de quem sabe que alguém que tem o poder sobre tudo, nunca dorme. E está sempre ao nosso lado, tanto na hora da calmaria, como na hora da tempestade. Acontece, que quando na nossa viagem marítima o sol brilha na nossa escuna, o vento é só uma brisa, e estamos curtindo um cruzeiro particular inesquecível, de vento em poupa, nem pensamos em agradecer ao Pai que nos proporcionou aquilo tudo, e que apesar da nossa indiferença, está sempre do nosso lado. Mais quando o tempo vira, e o mar se agita, quando o barco da nossa vida está quase virando inundado de tantos problemas, é nessa hora que nos lembramos de gritar. Senhor, Senhor não vai fazer nada? Vai me deixar morrer aqui?
" Por que temeis, homens de pouca fé?" Não contem para ninguém, mas eu confesso que já "amarelei" diante de algumas tempestades. Diante de uma agulha mais ou menos da grossura de uma agulha de crochê na mão de um estagiário que ia fazer uma Mielografia na minha coluna no lugar do meu médico de confiança que teve de atender uma grande emergência, naquele momento, eu entrei em pânico, reclamei, quase chorei, mas finalmente recorri a Deus e consegui submeter-me àquela tortura e hoje estamos aqui.
Sal
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