No Domingo de Ramos comemoramos a entrada triunfal de Cristo na cidade santa, trono do Senhor, para ai consumar plenamente a sua páscoa de morte e ressurreição. Usamos ramos, para relembrar os acontecimentos, mas não devemos valorizá-los mais do que o mistério que expressam: a realeza messiânica de Jesus.
Sim, Jesus é Rei, e em sua entrada triunfal revela-nos também o tipo de realeza que possui. Ao montar um jumento, dá maior ênfase à paz do que à humildade. Como poderia enfrentar uma guerra o rei que monta um jumento e não um cavalo?
A escolha de um jumento nunca montado anteriormente, faz-nos lembrar das vacas escolhidas para puxar a Arca da Aliança (1 Sm 6,7). Jesus torna-se a própria Arca, presença pessoal de Iahweh entre o povo eleito, Aliança perfeita entre Deus e a humanidade.
O relato detalhado das instruções dadas por Jesus sobre como encontrar o animal e de como essas instruções foram cumpridas, revelam para nós a presciência divina e a autoridade messiânica de Jesus.
Os louvores dos discípulos lembram o canto angelical do nascimento de Jesus (Lc 2,14), confirmando a profecia feita então.
A resposta de Jesus aos fariseus que o interpelam evidencia que chegou a hora da proclamação de sua plena identidade e missão. O plano de Deus será revelado, ainda que as pedras tenham que fazer isso.
Maria Cecília
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