O estilo do Evangelho de São João é bem característico: nos leva a uma reflexão filosófica a respeito de Cristo, de Seus ensinamentos e de nossa postura diante desta realidade; isto se intensifica com a proximidade da paixão de Jesus, que é o caso desta passagem. Aqui, Jesus diz quem Ele é (o próprio Deus), o que Ele veio trazer (a luz para os que estavam na escuridão), o que Ele veio fazer (salvar o mundo) e as conseqüências dos que não crêem em nada disso.
O que mais chama a atenção, do meu ponto de vista, é que Jesus não julga àqueles que não o escutam, porque esta não é sua missão, Ele veio para salvar o mundo e nos dar a vida, e vida em plenitude; todavia, Ele não deixa essa questão em aberto, ao contrário, é muito claro quando diz que nossas atitudes diante de seu ensinamento é que serão nosso juiz.
Escutar a Palavra de Deus e não as colocar em prática é o mesmo que nada. Por acaso, se você recebe a receita de um médico, prescrevendo remédios e recomendações e a deixa na gaveta, como irá ser curado da doença? Nós que conhecemos aquilo que Jesus disse e nos ensinou temos obrigação de viver e partilhar com todos, São Paulo mesmo diz em suas cartas que pregar o Evangelho é uma obrigação (cf 1 Cor 9, 16).
Peçamos, portanto, a graça de sermos terrenos férteis. Que ao olhar o Cristo, tenhamos plena certeza que é a Deus que estamos vendo; que sejamos iluminados pela Luz de Jesus; que tenhamos coragem de viver na radicalidade da Palavra, com a consciência de que não é a esse mundo que devemos prestar contas, mas que é a eternidade que estamos buscando e só a alcançaremos com o conhecimento e vivência do Evangelho de Jesus Cristo, Nosso Senhor e Salvador. Que Nossa Senhora nos ajude a sermos perseverantes. Amém.
Ana Luíza Medeiros
www.reflexaoliturgiadiaria.blogspot.com
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